VIDA COM DEUS IV
“Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis” (Romanos 1:20 RA).
A forma clara que o Apóstolo Paulo apresenta este texto não é para dizer que os trabalhos de evangelização são inúteis. Pelo contrário, é para afirmar que os evangelistas precisam usar o argumento da criação para ganhar pessoas para Cristo. Por exemplo: Quem fez o céu e a terra? E os mares e seus limites, que os criou? Será que existe um Ser superior detentor desse poder de criação?
Samuel Suana comentou que “Algumas considerações especiais devem ser feitas. A primeira, sobre a qualidade do verbo empregado na língua hebraica para criar - bará (Gêneses 1.1, 21 e 27). Bará pode significar ‘criar a partir do nada’, isto é, sem ter matéria-prima e também pode significar que não havia precedente, ou seja, algum modelo para referência. Em ambos os casos, Deus é exaltado, tanto em seu poder, quanto em sua criatividade”. É Preciso levar esse conhecimento aos pecadores para que haja o despertar da fé, do entendimento, como fora o caso do escritor aos hebreus: “Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem” (11:3 RA).
Fica aqui um conselho aos que ainda não são cristãos: na mesma proporção em que se desenvolve a perícia do homem na exploração do espaço e na análise da estrutura do átomo, assim, também deveria crescer sua consciência com relação ao poder de Deus; não obstante, não é assim que tem sido, por quê? Eles sabem quem Deus é, mas não lhe dão a glória que ele merece e não lhe são agradecidos. Pelo contrário, os seus pensamentos se tornaram tolos, e a sua mente vazia está coberta de escuridão.
Friedrich Nietzsche (1844-1900), filósofo alemão em seu pensamento revela a influência da filosofia grega e da obra de Arthur Schopenhauer (1788-1860). Nietzsche tentou provar que os valores tradicionais representados, principalmente pelo cristianismo, tinham perdido poder na vida das pessoas, afirmando: “Chamo o cristianismo a única grande calamidade, a única grande perversão interna, o único grande instinto de ódio, que não encontra meios bastantes venenosos, suficientemente subterrâneos, bastantes pequenos; o título, única e imoral desonra da humanidade”.
Nietzsche e qualquer outro ateu, agnóstico, naturalista, politeísta, panteísta, hedonista ou quem quer que seja, não terão argumentos diante de Jesus quando Ele perguntar: por que você não me aceitou como seu Senhor? Nesse momento os argumentos sumirão; as desculpas não terão vez. É fato que Deus não é tudo, todavia, diante de todas as coisas criadas, podemos declarar em alto e bom som que Deus está em todos os lugares, até mesmo aonde não existe oxigênio tão vital para o homem.
Na Carta aos Romanos aparece um aspecto completo e ordenado da epístola de Paulo. Depois de cumprimentar os leitores e discorrer do seu grande anseio de conhecê-los pessoalmente, Paulo propaga a doutrina básica: o evangelho é o poder de Deus para a salvação de todos os que o aceitam, pois "o evangelho mostra como é que Deus nos aceita: é por meio da fé, do começo ao fim" (1.16-17 RA).
Sendo assim, não podemos deixar de pregar, pois a fé vem pelo ouvir a palavra de Deus (Romanos 10.17 RA), porém, se os homens ignorarem o evangelho, pelas coisas criadas através dos atributos invisíveis de Deus, eles não terão desculpas, serão indesculpáveis no dia do Juízo Final.
Por
Pr. Gilmar Tavares Reis
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